A quem interessar possa, é início de madrugada e minutos
antes de adormecer para recompor as energias e começar a semana “no grau”,
estou ouvindo “Fantômas” para dar uma “vibe” enquanto teço alguns breves
comentários sobre o show das bandas Elma e Auto, que rolou sábado no Centro
Cultural São Paulo.
Aos que desconhecem o Elma, eu arriscaria dizer que podemos
localizá-los como uma banda que partiu da mesma árvore genealógica que o Black
Sabbath, caso o Ozzy não existisse.
O instrumental dos caras é pesado, e muitas vezes a bateria
parece dar o tom e ser o carro chefe que direciona os demais passos (ou seriam
dedilhados, grooves e riffs?) dos demais instrumentistas.
O Elma na verdade
é um convite ao inusitado, ao fora do lugar comum, se revelando muitas vezes
como uma passagem pra outra dimensão sonora e artística, provocando a quebra de
muitos tabus musicais.
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ELMA ( Foto do cel por Luís Perossi) |
Mas pode ser que você assista um show deles e não ache nada
disso também, vai saber, né?
Cada um é cada um, já dizia Thaíde e DJ Hum, filhão!
Depois do não menos que fantástico Elma, tivemos o não menos
provocador e brisante Auto. Vale lembrar que essas bandas são
do cast da Submarine Recs, do eterno 13ta
Fred. O Auto conheci numa das
coletas da Submarine, aliás, isso no
século passado, vai vendo...
E eu NUNCA tinha visto os caras tocando. E posso dizer que
me arrependo de não ter visto eles antes. O show do Auto é carregado de nuances
desconcertantes, e segue a linha instrumental também, podendo ser chamado de
post-rock, post-moderno do post-futurista e qualquer rótulo que todos (ou
grande parte) os que escrevem sobre música, imploram. Na verdade, rotular é
desnecessário, ainda mais no caso desses caras.
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AUTO ( Foto do cel por Luís Perossi) |
Mas eu diria que o Auto é uma viagem que inclui ao invés de
vocais, grunhidos que remetem ao sofrimento da alma do ser humano, do moderno
ao primata. É como se os caras dissecassem a música em milhões de partes e
fossem costurando, reconstruindo, destruindo de novo, e assim sucessivamente.
É o tipo de show que você entra em introspecção e processo
de reflexão, e que cairia muito bem com uma dose extra de cafeína.
Se não conhece e gosta de umas paradas experimentais, se
jogue que é choque certo.
grandes viagens!
ResponderExcluiracompanhadx de amigxs, fica melhor ainda!
fudido!! =)
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