quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #24 - OITAVO de 2015!!! ESPECIAL OUVINTES E RAP NACIONAL

Mais um programa que trincou, fi!
Rolou pedido de ouvintes ( vocês são foda!valeu!) e um bloco só com a nata do Hip-Hop nacional, com destaque para o novo álbum do OGI, ouve aí mizifí!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #23 - SÉTIMO de 2015!!! ESPECIAL COLETÂNEAS E DIA DAS CRIANÇAS

E esse dia também foi louco, ein?
Várias coletas obscuras, daquelas caseiras até outras oficiais ganharam vida neste programa que ousou a rolar "Meu pintinho amarelinho" em versão metal para mini capirotinhos.
Ouça, divulgue, baixe e cafeine-se.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #22 - Sexto de 2015!!! ESPECIAL HARDCORE

Esse foi lindo, com Middle Class, Minor Threat, Black Flag. Rolou também Deserdados no novo bloco denominado Fanzine, onde além de tocarmos o som homônimo ( Fanzine, com Deserdados), falamos do zine Erro 404.
Aperte o play =D

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #21 - quinto de 2015!!! ESPECIAL NIRVANA

Já pensou um especial do Nirvana de quase 1 hora com quase nenhuma música do Nirvana?
Sim, isto foi possível, ouçam aqui e pirem neste programa histórico!


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #20 - quarto de 2015!!!

Programa 20 chegou com os dois pés na porta, abrindo com bloco alcoolico, passando pelos Brega Punks e o Hip Hop do G.O.G e findando-se com o melhor do punk nacional com Olho Seco e Detrito Federal. Rolou até um BuzzCocks de lambuja, aperta o play aí fi!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #19 - terceiro de 2015!!!

E agosto findou-se com um programa feito somente com pedidos dos nossos ouvintes cafeinados! Rolou uma mistura de vários estilos e vertentes, do mais underground som nacional ao mais hype indie major, confere aí como foi!


terça-feira, 25 de agosto de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #18 - Segundo de 2015!!!

Dia 24 de agosto rolou o segundo podcast do ano na rádio Ponto Alternativo. Bora ouvir?

terça-feira, 11 de agosto de 2015

MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ NO RÁDIO #17 - Primeiro de 2015!!!

Dia 10/08 marcou a volta do Meus Amigos Bebem Muito Café, depois de mais de 8 meses de hiato. O programa foi ao ar via Rádio Ponto Alternativo e chegou chegando!
Confere aí o roteiro do programa e ouça na íntegra no player abaixo do texto! =)


Fala ai ouvintes da Rádio Ponto Alternativo. Parece mentria mas não é, finalmente o programa MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ ressurge das cinzas com um programa INÉDITO!
E o programa, como sempre, é especial. Hoje só com bandas nacionais de várias cenas e momentos.
Sem muito blá blá blá, o primeiro bloco vem com a banda "Nem Liminha Ouviu", projeto liderado por Tatola, locutor da rádio 89 FM e que fazia as vozes também no clássico Não Religião, um dos ícones do punk rock paulistano dos anos 80. Do Nem Liminha Ouviu nós ouviremos "Jovens Ateus", cover da seminal banda post punk Muzak.
Na sequência, a finada e ótima banda de punk com voz feminina Detestável, de sua primeira e única demo, a canção "Guerra de Classes" e fechando a trinca desta volta HISTÓRICA do programa o trio Kleiderman, um dos projetos mais legais do extinto selo Banguela que tinha à frenne Branco Mello e Sérgio Brito dos Titãs com a bateria pesada de Roberta Parisi.
1,2, 3 e la vamos nós PLOWWWWWWWWWWWW


Sumemo! Você está na Rádio Ponto Alternativo ouvindo Meus Amigos Bebem Muito Café, primeiro programa da nova temporada, o primeiro inédito de 2015. e se você quer sugerir músicas, pedir seu som, participar do programa, mandar presentes, elogios ou broncas, é só acessar  o blog www.coffeealot.blogspot.com e também a página do face; /meusamigosbebemmuitocafe tudo junto e misturado mermão!

Neste segundo bloco abrimos com a banda santista Savantes, com a faixa denominada 13. Ano passado ou começo do ano, não me recordo mais, vi um show deles lá no litoral e curti pra caralho, pegada meio Social Distortion, cabuloso, vale a pena ouvir.
Na sequência, o incrível quarteto de Diadema para o mundo Versus Mare, do seu primeiro trabalho o qual tive a honra de receber o play Enfrenta, ouviremos a faixa EU NÃO MUDEI, coisa linda de deus ou do capiroto, vai da crença de cada um. Ouça e sinta a vibe meio Weezer deste som, acho que o meu preferido.
Concluindo este segundo bloco, a cult banda CABINE C, do seu único álbum denominado Fósforos de Oxford, a Canção Tão Perto. Aumenta o som e sente a brisa, fi!


Só agora que me liguei que eu nem me apresentei. pra quem não me conhece eu ainda sou o Luís Perossi e este é o programa de volta do Meus Amigos Bebem Muito Café. Agora mais dinâmico, mais enxuto e rápido no gatilho. Tão rápido que estamos no terceiro e derradeiro bloco. Um bloco especial dentro do programa especial só com sons brazucas.
Especial Carlos Dias agora, o mano do Againe e Polara em seu projeto solo. Tocaremos as canções que estão no split Rolo Seco, um projeto muito louco que ele fez com o Sesper do Garage Fuzz.
Sem delognas, a trinca começa com Superstição, continua com a faixa Calça a bota e bota a calça, e chega ao fim com Que não dá tempo.
Obrigado a você que esteve na sintonia, obrigado à Rádio Ponto Alternativo pelo espaço e é sempre uma honra passar alguns minutos com vocês , falando sobre coisas que gosto de ouvir e trocando ideia com a galera.
Até a próxima, que eu espero que nao demore muito!
Chega com nós no facebook/meusamigosbebemmuitocafé! valeuuuuuuuuuuuuuuuu


terça-feira, 16 de junho de 2015

Entrevista com Nenê Altro : O fim da dança dos dias?

Como muitos já sabem, o Dance of Days anunciou uma pausa que talvez seja definitiva. Troquei uma ideia com o Nenê, que tocou em pontos chave como a saída de integrantes, redes sociais e seus malefícios e o cancelamento de alguns shows. Confiram! 
Por Luís Perossi

1- O anúncio do hiato do Dance of Days, ao menos para mim, foi uma triste surpresa. Esta decisão foi pessoal ou foi de comum acordo entre os remanescentes até então da banda? O quê exatamente motivou esta parada, haja vista que a banda parecia estar a mil, lançando 4 eps e em vias de lançar o full album pela HBB?


Nenê AltroEntão Luis, não era algo planejado mesmo, mas aconteceu. Parar um tempo às vezes é bom, faz ver as coisas sem tanta pressão e com mais calma. Enfim, uma banda é um relacionamento, e para um bom relacionamento existir é necessário química, harmonia, e isso não estava acontecendo internamente na banda desde o final do ano passado. Quando não há harmonia o desgaste é inevitável. É basicamente como quando um casamento acaba virando apenas amizade, não há ódio, raiva, mas o algo a mais se perdeu, e sem esse algo a mais não há calor, não há emoção e isso sempre foi fundamental pra mim. A decisão foi minha, mas foi algo que já estava borbulhando em nosso convívio. Eu só comentei e todos acharam ser a melhor coisa mesmo a se fazer. Logo após a decisão do hiato o Fausto decidiu sair da banda. E foi assim. Mas gostaria de lembrar que essa não é a primeira vez que o Dance of Days entrou em hiato, isso já aconteceu entre 1998 e 1999, que foi a época onde eu tive as bandas Bastard In Love e Awkward.

2- Houveram muitas informações desencontradas e especulações nas redes sociais desde a saída do Tyello, até as mais recentes, como a do Samuel. O Fausto também anunciou a saída da banda. Qual a sua posição perante esta saída de membros e qual sua relação com eles hoje em dia? 

Nenê AltroEu acho que você tocou num ponto chave que define todos esses problemas: redes sociais. O Dance of Days  vem de outra escola e de uma época antes das redes sociais aparecerem, acho que por isso não temos um bom relacionamento nelas ou as pessoas sentem que deixamos muitas coisas desencontradas. Somos da época da carta, dos cartazes nas ruas, das conversas nos shows, telefonemas, etc. Desde que a internet surgiu sempre tivemos dificuldade em lidar com isso, seja no Mirc, Fotolog, nas comunidades do Orkut, e agora com o Facebook e as outras. E como muita gente já nasceu inserida nisso tudo deve ser realmente difícil entender que qualquer outra pessoa no planeta não tenha essa ligação com as redes. Por exemplo, em 1997 o Fernando saiu da banda e ficou só no Againe, o Leandro entrou e ninguém nem comentou ou deu opinião. E muitas formações depois, não muito longe e já no começo da net, quando o Junior, que gravou o A História Não Tem Fim, saiu e o Fausto entrou, nada foi uma grande notícia. O fato é que hoje as redes sociais mudaram as relações humanas e eu não sei até que ponto isso é saudável, todo mundo meio que se sente obrigado a dar uma opinião, mesmo quando as pessoas não pedem ou quando não lhes diz respeito, todo mundo é crítico, é formador de opinião, eu não sei, pelo menos pra mim isso tudo ainda é muito confuso. Enfim, o Tyello saiu em 2012, já com algum desgaste de estrada, pessoal, e optou por cuidar de seu estúdio e tocar sua vida. Já nos encontramos algumas vezes, não temos briga mas não somos mais tão próximos. O Samuel e eu tivemos um desentendimento pessoal no final do ano passado e nossas diferenças levaram a ruptura no início desse ano. Minhas lembranças dele são as boas, de antes disso tudo, sempre nos demos bem musicalmente em gostos, não tínhamos muitos problemas. Mas hoje não somos mais amigos. Acontece gente, as pessoas são diferentes, tem vontades e escolhas diferentes e às vezes entram em conflito, é a vida. O Fausto já não estava confortável desde a saída do Samuel. Ainda tentou alguns meses, se animou, mas com os desgastes mais recentes, após o anúncio do hiato me ligou e disse que se a banda voltasse ele não voltaria. Diferente do que estão dizendo por aí não brigamos nem estamos brigados, só chegou a hora de seguirmos rumos diferentes.

3- A banda tocou em Osasco recentemente, logo após o anúncio do hiato. Vi um pequeno trecho em um vídeo, onde você dizia que está " se sentindo cada vez mais morto". Logo em seguida rolou "Um Canto para caronte". Deu pra perceber que a atmosfera desse show foi pesada e deve ter sido um momento difícil pra você. Gostaria de falar sobre isso? Você não se sente mais feliz à frente da Dança dos Dias?

Nenê Altro Tudo no Dance of Days é pessoal. Cada palavra, cada frase, cada emoção que coloquei nas músicas. Por isso cantar algumas em certos momentos é difícil. Caronte fala sobre morte, é um “canto para o barqueiro” como seu próprio nome diz, a canção fala sobre repensar sua vida, suas escolhas e aceitar as fatalidades. Minha banda está passando por algo difícil e isso me atinge diretamente, pois não sou um personagem, não sou um ator, tudo ali é sobre mim. O show foi difícil porque a banda não está bem, passei por muitas situações ruins nos últimos meses e tudo estava envolvido com a banda e com as redes sociais, e isso se arrasta há tempos, por isso eu disse que “me sinto cada vez mais morto”, perdendo sempre algo de mim. E numa banda era pra eu me sentir de qualquer outra maneira menos essa, uma banda é pra dar prazer, felicidade, bons momentos, e não é o que tem rolado. Pra você ver como isso vem de antes, no último ep eu disse isso claramente na música “Acontece Agora (A Carta De Adeus Do Garoto Unabomber). Aliás, acho que quem quiser entender realmente tudo que aconteceu nos últimos anos deve ler as letras dos quatro eps e relacioná-las ao que acontecia em cada período. Tudo sempre foi muito confessional, até porque não sei ser de outra forma.

“As pessoas são estranhas.
Às vezes quero distância.
Eu não sou daqui, tenho certeza,
e sabe, cansei tanto de falar,
tentar e insistir.

Tão fechado e tão externo,
um corpo d'água no inferno,
perco sempre algo de mim.
Essa gente não me quer,
e eu não tenho nada a ver
com mais ninguém que vive por aqui.

Então tudo bem, não há mais segredo,
eu vou ficar bem, espero que faça o mesmo.
Que eu não posso ter nem mais um segundo
onde tudo me faz mal, onde nada faz sentido pra mim.

Não é nada pessoal — às vezes.
Até consigo sentar e sorrir
e jogar conversa fora,
mas eu sempre penso em ir embora
e em sumir dessa gente que maltrata,
não aprende e nunca para de falar e de mentir.

Sinto muito, eu vou viver
o meu mundo sem você.
E nada mais, nada mais vai me ferir.

Então tudo bem, não há mais segredo,
eu vou ficar bem, espero que faça o mesmo.
Que eu não posso ter nem mais um segundo
onde tudo me faz mal, onde nada faz sentido pra mim.

E aqui se proclama o mantra da estrada:
O que era já se foi, a vida acontece agora.
E o que será é distante demais, a vida acontece agora.”

4- E sobre o cancelamento das datas já marcadas, o que você gostaria de dizer ao público que iria comparecer aos shows?

Nenê AltroPeço desculpas. Eu realmente pensei que seria possível fazer, até antes do show de Osasco estávamos divulgando as datas, chamando as pessoas, mas sou um ser humano, tenho meus limites e sentimentos, e não consigo passar pelo que passei naquele show novamente. Na verdade acho que é mais honesto de minha parte fazer isso, pois, como eu acabei de dizer, eu não sou um ator. Sei que sou uma pessoa difícil às vezes, principalmente quando estou criando, sou genioso, impulsivo, mas eu sou o que sou, vai das pessoas gostarem ou não. Subir num palco e fingir que está tudo bem seria desonesto comigo e com o público.

5- O show no Oxigênio Fest, ao lado do Dead Fish, Garage Fuzz, Hateen , Zander e Fistt,não foi desmarcado. Ele será mesmo o último do Dance of Days antes da pausa? O que você pretende fazer enquanto o Dance of Days hiberna? Novos projetos? Livros? Bandas? O que esperar de Nenê Altro no contexto atual?

Nenê AltroSerá o último show dessa fase do Dance of Days que começou no A História Não Tem Fim. Não foi cancelado porque eu realmente quero dar um adeus a todas as pessoas que me apoiaram nos últimos anos, compareceram aos shows, usaram camisetas, compraram meus discos. Não escolhemos entre um ou outro pra cancelar, esse simplesmente era o mais próximo e precisamos parar mesmo e dar um tempo disso tudo. Eu pretendo dar o máximo de mim nesse show e fazer uma apresentação que honre todos esses anos de batalha. Eu não sei o que vai ser do futuro do Dance of Days, como você sabe a banda nasceu lá atrás em 1997 comigo tocando guitarra na madrugada sozinho em casa e depois chamando uns amigos pra fazer um projeto. Talvez a história não tenha fim, quem sabe? Mas essa fase do História até os eps acabou, se um dia porventura eu decidir voltar certamente será outra coisa, mas isso não está em meus planos. Estou cuidando da minha casa nova, de volta ao ABC paulista, mobiliando com minha esposa Nicolle, pintando as paredes, cuidando de nossos gatos, isso está sendo maravilhoso pra mim. Não há lugar como nosso lar, não é mesmo? Artisticamente, eu estou com uma nova banda chamada Nowhere Fast que será com certeza minha terapia nos próximos meses, mais pesada, um pouco na linha do 43 Segundos do Sick Terror mas com outros elementos, pra gritar e exorcizar mesmo, pois estou precisando. Queria escrever algo para esse ano, tenho alguns poemas já guardados, não sei ainda, preciso que esse hiato realmente comece pra ver o que vai acontecer.

6- Obrigado pela atenção e pela conversa, fique livre para acrescentar e falar algo que tenha faltado.

Nenê AltroMuito obrigado Luis pela oportunidade de explicar essas coisas. Eu não estou e NÃO SOU da internet, excluí há algum tempo meu perfil no facebook, tentei usar o twitter e não me senti bem, enfim, isso definitivamente não é pra mim. Se você quer me seguir, siga minha música, minhas palavras, textos, letras e poesias. Isso é o que é de verdade e é o que fica. O dia sempre amanhece e tudo sempre se transforma no universo, isso é uma das coisas mais mágicas da vida. Estarei sempre com vocês, em cada música gravada em seus corações. Muito obrigado mesmo, e muita força a todos, sempre.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Violeta de Outono - Centro Cultural São Paulo - 06- 06- 2015

Lançando o DVD “Live at Rio Art Rock Festival ‘97”, o Violeta de Outono mostrou sua força lotando duas vezes o centro Cultural São Paulo, mais precisamente o teatro Jardel Filho. O show extra rolou na mesma noite, devido ao esgotamento dos ingressos.

De cara, a banda já emendou 'Reflexos da Noite' e ' Dia Eterno', canções que de certa forma, são sínteses do que é o Violeta de Outono, um rock visceral, virtuoso e viajante.

Formado atualmente por Fabio Golfetti - Guitarras e Vocal, Gabriel Costa - Baixo, Fernando Cardoso - Órgão Hammond, Pianos/Synth  e José Luiz Dinola - Bateria, a banda brindou a todos com uma apresentação hipnótica, carregada de psicodelia refletida no telão, na construção das canções, nos efeitos da guitarra de Golfetti ( perfeccionista ) e com hits de todas as fases da banda.
Inesquecível, principalmente para quem ainda nunca tinha visto a banda ao vivo!
E o melhor de tudo: um show do Violeta de Outono, em pleno outono, onde os "reflexos da noite" transmutavam-se em ondas sonoras "em toda a parte" num "eclipse" de "ilhas" e "espectros".
Por Luís Perossi 


quarta-feira, 27 de maio de 2015

A ponte entre o reggae e o punk brasileiro existe e se chama Crasso Records

Há muito mais em comum entre os moicanos punks e os dreadlocks rastafáris do que supõe nossa vã filosofia, diria talvez o bardo inglês Shakespeare nos dias de hoje, e olha que nem estamos nos referindo ao seminal BadBrains, ein?

Focando em estilos como PUNK ROCK/ ROCK AND ROLL/ SKA / REGGAE, diretamente da megalópole São Paulo, cosmopolita por natureza, a CrassoRecords atua em 3 frentes:
·         Selo fonográfico independente;
·         Produtora Cultural;
·         Merchandising.
Desta forma, a Crasso busca trazer ao cenário alternativo, underground e da contracultura em geral, a mesma veia subversiva e inédita no Brasil, que uniu as tribos lá na gringa, entre Punks, Rude Boys, Rastafáris e Rockers.
Afinal, muito embora o ritmo destes estilos e gêneros musicais possa muitas vezes ser diferente, a ideia central e temática existente dentro do Ska, do Punk, do Rock e do próprio Reggae sempre sintonizou a mesma galera, que é a de união, de faça-você-mesmo, da estética subversiva, diversão e por aí vai.
Don Letts que o diga! A maior prova de que dreadlocks e moicanos poderiam muito bem frequentar o mesmo rolê foi quando o visionário The Clash, icônico quarteto londrino punk fez um cover de “Police and Thieves", de Junior Murvin.
Don Letts antes dos dreads - Fonte:http://www.fredperry.com/blog/post/2012/04/03/don-letts-culture-clash-chapter-5

The Clash

Na verdade, a visão do The Clash apenas refletiu o fenômeno da troca cultural existente na Inglaterra da década de 70, quando os punks locais e os imigrantes jamaicanos tiveram um explosivo contato que resultou numa verdadeira bomba cultural a ecoar nos 4 cantos do mundo.
E onde entra Don Letts nesta fita? Simples; o famoso cineasta, conhecido muito mais pelas suas façanhas como diretor de cinema do que como músico, foi peça chave na junção do Reggae com o Punk em plena efervescência deste movimento.
Roxy Club

Letts que atuou como baixista da banda Big Audio Dynamite, ao lado de Mick Jones (The Clash) discotecou em clubes como o famoso Roxy- templo do punk londrino- e por meio do Reggae Music criou a ponte necessária que permitiu a junção entre a “positive vibration” dos ritmos jamaicanos com o “destroy” e agressividade do punk.
Mudando o contexto para os dias atuais e mais precisamente ao nosso país, a ideia da Crasso Records é bem simples: ser o ponto de partida e expandir mentes, fronteiras e corações, mostrando que há muito de punk no reggae, e muito de reggae no punk, e que reggae não é apenas Bob Marley. Tudo isso para suprir este “vão” existente na terra tupinikin.
Se na gringa o Dub, o Ska, o Reggae e a porra toda tiveram essa união, respeito e troca tão rica, que agregou tanto, seja na questão musical e artística, seja na relação interpessoal mesmo, por que não aqui no Brasil, país que tem todo tipo de pessoas, raças e crenças?
No cast da Crasso Records, temos bandas como Corazones Muertos e Sensimilla Dub. Por meio dessas bandas já podemos sentir, mesmo que timidamente, a influência do reggae no punk e vice-versa por aqui.
Corazones Muertos: uma das apostas Crasso Records

Esta é apenas uma, das inúmeras sementes que a Crasso Records, na ativa desde 2013, está plantando, para que num futuro, não tão distante assim, o universo Reggae se mescle ao do Punk e que uma as forças em prol de um bem comum.
Fan Page Crasso Records: https://www.facebook.com/CrassoRecords 




segunda-feira, 25 de maio de 2015

VARSÓVIA - Sesc Belenzinho - São Paulo - 23/05/2015

Admito que é de extrema dificuldade para mim externar por meio das palavras o que foi o show da banda Varsóvia, ocorrido numa bela noite de sábado no não menos belo Sesc Belenzinho, um dos locais mais aconchegantes da cidade cinza, diga-se de passagem. Mas tentarei tecer alguns comentários, afinal, se trata de mais um daqueles "shows de nossas vidas", daqueles que talvez nunca mais aconteçam, sabe?

E falando em aconhego, o teatro do Sesc, onde ocorreu esta apresentação de gala, é com certeza um dos mais confortáveis de São Paulo. A começar pela área social com o café. Assistir este show sentado tinha tudo a ver! Outro ponto que não se pode deixar passar é o projeto que trouxe esta apresentação do Varsóvia aos fãs da icônica banda post punk do ABC paulistano. Se trata do projeto "Álbum - Discos Obscuros", uma forma de resgatar os clássicos de vinil da música brasileira feita em outrora, para entender nosso presente e o futuro dentro do contexto artístico e musical. E num projeto deste, impossível não "resgatar" o disco "Varsóvia", lançado pela Ataque Frontal em 1987.

E se a canção "Noites", o hit underground que foi o cartão de visita do Varsóvia na década de 80, diz que "Não adianta acreditar em heróis", a noite de 23/05/2015 paradoxalmente me dizia o contrário. Como não acreditar no que meus olhos viam quando no telão localizado no palco, imagens de fumaça e o nome Varsóvia, junto com o nome dos integrantes da formação atual, surgiram?

Formado hoje por Alexandre Saldanha ( guitarra), Felipe Marquioro (baixo), Dario Brait ( bateria), Hamilton Dona (Teclado) e o frontman Fábio Gasparini (voz), não teve como não se arrepiar e sentir-se catapultado por alguns minutos diretamente à atmosfera 80, década que definiu boa parte do meu gosto pessoal no tocante à música e arte em geral.

Aos primeiros acordes de "A onda" e seus versos como "Outro dia negro/ Outro dia cinza/ Meus olhos no asfalto..." a ficha finalmente caiu e pude acreditar que se tratava daquela banda que tanto disse ( e sempre diz) ao coração de uma ainda criança que passava horas ouvindo a extinta 97 FM de Santo André e a 89 FM, na esperança de gravar o som do Varsóvia numa fita k7.


E o que para alguns pode até parecer nostalgia, na verdade não o é. Muito mais centrados no aspecto da arte musical do que no "mainstream" ou em "aparecer", longe dos holofotes, o Varsóvia preza pela simplicidade e sinceridade, numa espécie de rock intimista e denso, cuja presença de palco de Fábio Gasparini consegue refletir de maneira nítida. Com uma das vozes mais marcantes do  "B Rock", a postura simpática, tímida e até de certa maneira introvertida de Fábio no palco, mostra uma plena identificação entre a atmosfera da música do Varsóvia e as letras poéticas e reflexivas. E por que não dizer da identificação com o Joy Division, a clara, nítida e maior influência do Varsóvia?
Influência aliás que recebeu homenagem através do cover "Transmission", de Ian Curtis e companhia, um dos momentos mais marcantes do show, junto com "Viagens" e "Noites", aplaudida de pé no bis da banda. 


E eu tenho certeza que muitas "noites vão passar" de maneira frenética, até porque, eu tenho percebido que o tempo passa cada vez mais rápido, principalmente quando estou do lado de quem eu amo. Porém, elas também podem ficar. A noite de 23/05/2015 é uma das que ficam, cujo gelo não se quebrou nem se desfez. Se eternizou, na memória, nos registros fotográficos toscos do celular, e embora eu sei que seja piegas, eu preciso encerrar este texto dizendo que se eternizou no coração de quem lá esteve.
                                         
Obrigado Varsóvia. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

El Santo Asesino lança web clipe da faixa "República do Caos"

Está no ar o web vídeo da banda extrema que aponto como a revelação de 2014 na cena independente nacional. Me refiro aos guris sangue no zóio do El Santo Asesino

A faixa escolhida foi "República do Caos", com uma sonoridade que mais parece uma metralhadora com balas infinitas. Confere aí que é porrada do início ao fim! 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

ELMA + AUTO - Centro Cultural São Paulo - 17 janeiro 2015

A quem interessar possa, é início de madrugada e minutos antes de adormecer para recompor as energias e começar a semana “no grau”, estou ouvindo “Fantômas” para dar uma “vibe” enquanto teço alguns breves comentários sobre o show das bandas Elma e Auto, que rolou sábado no Centro Cultural São Paulo.

Aos que desconhecem o Elma, eu arriscaria dizer que podemos localizá-los como uma banda que partiu da mesma árvore genealógica que o Black Sabbath, caso o Ozzy não existisse.
O instrumental dos caras é pesado, e muitas vezes a bateria parece dar o tom e ser o carro chefe que direciona os demais passos (ou seriam dedilhados, grooves e riffs?) dos demais instrumentistas.
O Elma na verdade é um convite ao inusitado, ao fora do lugar comum, se revelando muitas vezes como uma passagem pra outra dimensão sonora e artística, provocando a quebra de muitos tabus musicais.
ELMA ( Foto do cel por Luís Perossi)

Mas pode ser que você assista um show deles e não ache nada disso também, vai saber, né?
Cada um é cada um, já dizia Thaíde e DJ Hum, filhão!
Depois do não menos que fantástico Elma, tivemos o não menos provocador e brisante Auto. Vale lembrar que essas bandas são do cast da Submarine Recs, do eterno 13ta Fred. O Auto conheci numa das coletas da Submarine, aliás, isso no século passado, vai vendo...
E eu NUNCA tinha visto os caras tocando. E posso dizer que me arrependo de não ter visto eles antes. O show do Auto é carregado de nuances desconcertantes, e segue a linha instrumental também, podendo ser chamado de post-rock, post-moderno do post-futurista e qualquer rótulo que todos (ou grande parte) os que escrevem sobre música, imploram. Na verdade, rotular é desnecessário, ainda mais no caso desses caras.
AUTO ( Foto do cel por Luís Perossi)

Mas eu diria que o Auto é uma viagem que inclui ao invés de vocais, grunhidos que remetem ao sofrimento da alma do ser humano, do moderno ao primata. É como se os caras dissecassem a música em milhões de partes e fossem costurando, reconstruindo, destruindo de novo, e assim sucessivamente.
É o tipo de show que você entra em introspecção e processo de reflexão, e que cairia muito bem com uma dose extra de cafeína.

Se não conhece e gosta de umas paradas experimentais, se jogue que é choque certo. 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Protesto Suburbano: Novo Clipe

Cadê sua vontade de lutar? 
Tal questionamento cai muito bem nos dias atuais, onde não é difícil perceber uma extensa gama de reclamações e pouca atitude, não importa em qual seja a esfera.
Sendo assim, caiu feito uma cerveja gelada no verão do cão o novo vídeo clipe da clássica e necessária banda de punk rock/ hc Protesto Suburbano.

O grupo atualmente formado por Sandro Santuchi (Voz), Evandro Castro (Baixo), Alex Costa (Guitarra), Alexandre Lima (Guitarra) e  Leonardo (Bateria) , na ativa desde 1995, continua representando da melhor forma a cena musical de Macaé- RJ.
Confira o vídeo postado no canal da  Lado Esquerdo Produções e caso AINDA não conheça, dê um check na página da banda na rede social CaraLivro.