segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Últimas gigs do ano: Fistt, Dead Fish, Horace Green e Dance of Days


O ano de 2014 ao menos no quesito shows foi sensacional. Encerrando o já mencionado COMBO HC PARTE 1   e COMBO HC PARTE 2 ,deixamos aqui o registro fotográfico da apresentação do Fistt de Jundiaí no Vale do Anhangabaú precedendo o show apoteótico do Dead Fish. Esse evento encerrou o Rock Radical no dia 21 de dezembro.
Fistt
Galera esperando o Dead Fish
Pirâmide humana? teve!


DEAD FISH : VENCEREMOS!

Dia 27 fomos conferir Horace Green e Dance of Days, dois ótimos shows de onde tiramos o vídeo da apresentação do D.O.D tocando "Não Maltrates Teu Coração".
Como diz a canção mencionada, seguir então é o mais importante. Ano que vem tem muito mais, nos vemos nos rolês, gigs e nas caixinhas dos correios por meio do zine impresso. Valeu a todos por mais um ano!
Horace Green: o Hot Water Music versão brasileira


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Hateen e Teco Martins - Hangar 110 - SP- 20 dezembro 2014

E a saga do sábado continuava, agora com o show natalino mais tradicional da quebrada, o show hôu hôu hôu do Hateen!
Cada ano rola alguma parada surpresa e/ou diferente. Desta vez, além de um set acústico, a abertura do rolê ficou por conta do Teco Martins e seu companheiro da banda Sala Espacial. Vale lembrar que o Teco é figurinha carimbada da cena rock paulistana, a frente do grupo RANCORE.
Nada melhor do que uma brisa acústica para acalmar os ouvidos após o som pesado dos shows anteriores no Vale.
TECO MARTINS

Numa pegada zen e viajante, Teco fez um set com canções brisantes, numa atmosfera bicho grilo, releituras desplugadas do próprio Rancore e até Rita Lee.
Não demorou muito e a galera já em maior número se vê frente ao Hateen versão acústica com a participação da irmã do Koala nos teclados.
HATEEN ACÚSTICO

Desculpem, mas eu tô um tanto quanto lesado demais pra lembrar exatamente as músicas, muito menos ordem e etc. Só sei que foi lindo esse clima intimista e a escolha das canções para o set acústico foi certeira, dando ênfase para as canções mais baladas da banda.  Destaque para a tocante GBC, antigo som que foi feito em homenagem a Kurt Cobain.



Uma pequena pausa e os amplificadores e distorçoes deram o tom da noite. Plugado e com muito bom humor, a banda intercalava sons porrada, emo 90 e guitar ( ahhh que saudade das guitar bands!), sempre com as brincadeiras e piadas entre Sonrisal e Koala.
HATEEN ELÉTRICO FI!!!

Do nada me soltam um Smashing Pumpkins ( Tonight, Tonight) sensacional, mas não tanto quanto o som que fechou a noite com a banda que está no top five de 11 entre 10 grunges veios da leva noventista como eu: Pixies, com "Where is My Mind?", canção que ficou ainda mais conhecida mundialmente ao ser incluída na trilha do bom filme 'Clube da Luta'. Koalão na viola no melhor estilo Black Francis foi foda! Faltou "Big Life", ein? =(



Gratidão pelo dia incrível, pelos shows bacanas, por ter dado tempo de pegar o último busão no terminal e por comer uma coxinha que nem tava tão ruim assim no quiosque que fez justiça ao nome e ao estado no qual meu querido estômago se encontrava: 'Café Famintos'.
O desfecho do fim de semana COMBO HC se daria no domingão, com Fistt e Dead Fish, mas depois eu te conto como foi... =)

SURFACE ( PR) + MAGUERBES (SP)- FESTIVAL ROCK RADICAL- VALE DO ANHANGABAÚ- SP 20 DEZ 2014

Enquanto tomo a quinta xícara gigante de café e lanço mão da metalinguagem ao escrever aqui no "Meus Amigos Bebem Muito Café", tento recapitular os shows e todas nuances deste final de semana histórico o qual resolvi batizar de Fim de Semana COMBO HARDCORE.
A função começou no sábado, no Vale do Anhangabaú, cartão postal da cidade cinza, onde rolou debaixo do Viaduto do Chá, o evento Rock Radical, com campeonatos de skate e bandas tocando. Legal, né?
SURFACE EM SP: DÉBORA E CIENTISTA

Eu sempre penso que deveria rolar muito mais eventos assim, na rua. Chegamos lá para conferir a apresentação do Surface, que veio de Londrina e mostrou que seu poppy punk ou hardcore melódico não deve em nada se comparado com as bandas tidas como ícones do estilo.


                           
Apesar do público ainda tímido no local, o Surface empolgou e mandou ver, e digo mais: ao vivo o som tem um peso que talvez não fique tão nítido nas gravações de estúdio.
SURFACE: CLÁUDIA E DÉBORA

O set foi baseado no CD/DVD "Anverso", que faz um apanhado da carreira desta banda que está na ativa desde 1997 fazendo um rock autoral de responsa. Surpreenderam na escolha dos covers. Primeiro uma grata lembrança ao executarem "Me Perco Neste Tempo", do seminal grupo As Mercenárias.  Encerraram com "Tainted Love", do Soft Cell, num pique "Shades Apart" com vocal feminino.
SURFACE

Valeu Surface, amamos vocês! s2
Na sequência passou um tsunami no local e ele atendia pelo nome de Maguerbes. A veterana banda que para alguns inventou o New Metal nacional quando ninguém sabia o que era isso colocou fogo no Vale.
MAGUERBES TOCANDO O TERROR


Além do som característico da banda, algo bem peculiar que podemos situar entre o noise e o alternativo ( como se o Ian Mackaye trombasse o Chino Moreno no rolê e tomassem uma Tequila, um Fogo Paulista e uma Catuaba e fossem tirar um jam com o DJ Lethal), a presença de palco e a vibe pra cima do vocalista Haroldo é algo ímpar.



 Como ele mesmo disse, vamos ser feliz, é de graça, olha o céu... e por aí vai. Valeu a pena cada segundo, puta show foda bagarai. O cara pulou a grade e cantou no chão junto com a galera =)
MAGUERBES
O evento continuou ainda com Sugar Kane, mas não ficamos pra ver. O rumo agora era o Hangar 110 para o tradicional show de natal do HATEEN.
Mas isso a gente te conta depois, eu preciso mesmo de mais um café. 
PS: Sobre a versão de 'Tainted love' da Surface, o batera Cientista me mandou a seguinte mensagem:
"Sobre Tainted Love, a primeira versão foi a de Gloria Jones (1964), mas depois vieram dezenas de versões, muitas mesmo. A nossa é mais uma delas, se vc prestar atenção mudamos algumas coisas pra ficar com a cara da Surface. Agora que fui ver a versão daquela banda que vc citou. Abraço."

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ENTREVISTA COM CIENTISTA- BANDA SURFACE

Trocar uma ideia com o Luis Eduardo, conhecido como Cientista, foi como uma viagem no tempo da cena underground. Relembrar uma época romântica e saudosista, que não existe mais e ter a certeza de que o futuro é de fato, resultado daquilo que semeamos no passado.
Sem uma acepção negativa do termo nostálgico, a banda Surface vive ativa e atuante exatamente por acreditar e amar aquilo que faz. Independente de rótulos, panelas e cenas.
Cientista e a edição mais recente do fanzine MEUS AMIGOS BEBEM MUITO CAFÉ
Criador da Lab Recs, selo importante pra toda cena nacional hardcore, Cientista segue em frente e estará com a banda Surface no próximo dia 20 de Dezembro, em um campeonato de skate no centro de Sampa, ao lado de outros nomes de respeito do rock alternativo nacional como Dead Fish, Dance of Days, Maguerbes, entre outros.
Troquei uma ideia de brother mesmo com ele, sem média, sem patifaria, e posso dizer que foi uma das entrevistas mais legais que já fiz pro zine.
Confira!
Desordem e regresso: 1988
1- Das fitas k7's, zines, movimento Punk de Londrina e primeiros shows aos
dias de hoje. O que passa pela cabeça do Cientista quando pensa em tudo que
já viveu dentro deste rolê undeground? Bate uma nostalgia, cansaço, ou o
melhor ainda está por vir?

CIENTISTA: Tenho boas lembranças sim, é claro. De um tempo em que prestigiavam mais
as bandas underground... Um tempo que se vendiam CDs e assim era possível
produzir outros... Num tempo de amizades mais sinceras ... e por ai vai. Por
outro lado foi uma fase bem sofrida, não tinha emprego fixo, toda grana que
entrava era pra banda, andava a pé pra economizar até a grana do ônibus e
assim mandar umas cartas, estava aprendendo as coisas na prática, e futuro
era uma incógnita ... Hoje sofro os efeitos do tempo, mas tenho um pouco mais
de sabedoria, um emprego, uma casa pra morar e uma família maravilhosa,
mas com as perdas da vida sei que tudo tem um fim. Por isso procurei registrar
em dois DVDs (HARD MONEY “Do it yourself” e SURFACE “Anverso”) um
pouco do que vi e vivi no underground pra que essa história não se perdesse.
Recentemente lancei minha melhor produção e por tudo isso sei que o melhor
momento é agora.

2- Sobre a Surface, hoje você acredita que a banda está em sua melhor forma?
Seria esta a formação definitiva do grupo ? Aproveitando o ensejo, apresente
a banda para os leitores do zine e se já atuaram em outras bandas antes...

CIENTISTA: Em 2015 a SURFACE faz 18 anos e acho que nesse tempo conseguimos criar
um som característico da banda. O processo de produção do CD e do DVD
“Anverso” foi trabalhoso e durou três anos, mas deu uma maior experiência pra
banda e exigiu uma melhora em todos os sentidos. Por isso e pelas qualidades
dos integrantes atuais tenho certeza que estamos em nossa melhor fase. Mas
não podemos achar que é a formação definitiva... Bem que gostaríamos, mas
depende de vários fatores, só o tempo irá dizer.
Movimento Punk em Londrina, década de 80


CIENTISTA: Na Surface desde o começo. Toquei na Desordem e Regresso,
Hard Money, Ted and Beth, Nem Heróis Nem Covardes... , e Merda (em 1990
a 1991, antes da homônima famosa).

DÉBORA: Na Surface desde 2012. Primeira banda.

MIGUEL: Na Surface desde 2006. Vários projetos, a que mais durou foi: Face
It. Além de uma banda que toquei quando morei no México: Gato Ciego.

CLAUDIA: na Surface desde 2013. Primeira banda.

3- O CD/DVD Anverso se mostrou um projeto bem ousado, principalmente por
ser independente. Tive a honra de participar e vi o quanto você não mediu
esforços para fazer este trabalho. Você diria que de todos os CD's da banda,
este é o melhor trabalho já produzido pela Surface? Fale um pouco sobre o
Anverso.

CIENTISTA: Sem dúvida essa é a melhor produção que realizei, fruto de muito trabalho,
investimento e o principal: paixão.
Eu produzo no underground desde 1987, sempre com uma única motivação
“paixão”, acho que cada coisa que fiz ao longo desses anos procurei fazer o
melhor possível e fui acumulando experiências diversas. Além de uma
capacidade muito grande de resolver problemas pra realizar a coisa que mais
amo, que é poder expressar o que sinto e penso; através dos fanzines, das
músicas, do vídeo, enfim de várias formas.
O CD e DVD “Anverso” é o resultado dessa vivência de minha parte e do ótimo
momento da banda, com pessoas que se dispuseram sacrificar um pouco mais
do seu tempo para realizar algo com a melhor qualidade que pudéssemos.
SURFACE HOJE (Créditos: Sandro Branco)
4- Ainda sobre o DVD, como está sendo recebido este trampo em plena era do
MP3 e Downloads? Como adquirir o DVD/CD?


CIENTISTA: Realmente isso minou as frágeis estruturas do cenário underground nacional,
dos poucos selos que ainda existiam sobraram muito poucos. Parece que as
pessoas não entendem que é preciso de grana pra produzir as coisas com
qualidade. Por isso aquelas bandas que ainda não tem o reconhecimento
devido, que não podem contar com um público razoável em seus shows
precisam bancar integralmente suas produções, assim as bandas não duram
muito tempo.





Eu gosto do material físico, do CD, do DVD, da capa , ler o encarte, prestigiar
mesmo a banda, por isso lancei mais um título pela Lab Rec. As vendas
acontecessem sim, mas timidamente e a maioria das pessoas que adquirem é
porque já conhecem / prestigiam meu trabalho há anos, e por incrível que
pareça em nossa cidade (Londrina PR) é um dos lugares que vendo pouco,
infelizmente. Tem várias distribuidoras que tem o SURFACE “Anverso”, mas
que quiser adquirir comigo mesmo será um prazer começar novos contatos.
SURFACE ( Créditos: Sandro Branco)
5- Pela sonoridade da banda que trafega a meu ver facilmente num universo
que varia entre o Hardcore melódico ao Pop Rock sem cerimônias, em todos
estes anos você percebeu algum tipo de boicote ou até mesmo desconfiança
em relação à banda, oriunda de "cenas" ou pessoas que possuem uma visão
mais conservadora, ou por que não dizer, xiita do punk/hardcore? Como você
localiza a Surface dentro deste contexto do que chamamos de punk?

CIENTISTA:Quando tive os primeiros contatos com o Punk em meados da década de 80
sabia que aquilo iria mudar a minha vida, e mudou. Já fui muito radical, o som
tinha que ser podreira, não podia ter “frescura” pra não ser coisa de playboy.
Mas com o tempo fui vendo a importância da diversidade, da importância de
existirem as diferenças e o respeito mútuo. Ainda sou radical com muita coisa e
espero filtrar em minha vida muitas coisas que não concordo, mas se tratando
daquilo que chamamos de CENA acho que é preciso analisar as coisas de
forma mais ampla, sem generalizações. O nosso som é bem melódico, mas
tem bandas mais melódicas que a Surface ... Cada um faz o som que gosta,
também toquei em bandas “mais barulhentas”.
Quando escutei um som de uma coletânea sueca “The Vikings Are Coming”
(1989) conheci uma música da banda RESCUES IN FUTURE chamada: "You
Can Try" e gostei muito da sonoridade, por isso quis ter uma banda com um
som nessa linha. Outra influência incontestável foi do Ramones, além bandas
desse estilo nos anos 90, algumas consagradas como Bad Regilion. Tem
muitas bandas atualmente nessa linha, uma que destaco é RVIVR, mas têm
várias.
Antes a gente tocava junto com bandas Crust, grind, metal, etc, era tudo
underground, mas agora tem até site de moleque (com quase a idade da
banda) que se recusou a resenhar nosso som. Mas eu não ligo pra essas
coisas, sofri tantos perrengues durante essa trajetória que nem perco meu
tempo coisas pequenas como essas, só quero fazer contatos e tocar o máximo
que puder, hehehehe


6- Finalmente teremos a Surface aqui em São Paulo. Passe pra nós toda a
ficha deste show e também as expectativas da banda para a apresentação que
farão aqui na terra da garoa.

CIENTISTA:Já tivemos vários convites de norte ao sul do país e de outros países para
tocarmos, mas as coisas não são tão fáceis como as pessoas pensam. Somos
pessoas normais, trabalhamos, estudamos, temos família, compromissos, etc,
por isso para conseguirmos tocar em algum lugar é preciso que várias coisas
entrem em sincronia. Acho que SP é o lugar que mais tenho contatos, desde o
tempo das cartinhas, e se a maioria deles for ao show será ótimo, hehe.
É um evento de três dias com rock e skate, por isso tem tudo a ver com uma
banda underground e independente como a Surface. Além do show quero
montar uma banquinha da Lab Rec pra ficar fácil do pessoal nos encontrar por
lá.

7- O que esperar da Surface e do Cientista para os próximos anos?

CIENTISTA; Do Cientista aposentadoria? hehehe Planejei muito o CD/DVD Anverso e durante a produção foi preciso uma superação atrás da outra pra conseguirmos realizar esse projeto. No momento queremos divulgá-lo ao máximo e tocar.

8- Já ia me esquecendo. Quanto a icônica série de coletâneas denominadas
HC Scene, você mantém contato com as bandas que foram lançadas nestes
CDs? A Lab Records têm pretensões de lançar outros volumes da HC Scene?

CIENTISTA: Fiz vários amigos e aprendi muito graças aos HC Scene, têm pessoas que
temos contato até hoje. Sim, gostaria muito de lançar mais uma edição, a de
número 8, mas tenho receio de não conseguir um número de bandas mínimo
pra realizar um projeto como esse.

9- Aliás, me diga: por que Cientista? 

CIENTISTA: Realmente sou cientista, formei-me em Ciências Sociais pela UEL em 1994. Mas o apelido vem das perguntas engraçadinhas que eu fazia na escola, na época de ensino médio. Como já me chamaram de coisas pior deixei o apelido de Cientista pegar. Na juventude eu era muito atuante no questionamento social e nas ações diretas e com o apelido me expunha menos. Com o tempo marcou minha vida e acho que a maioria das pessoas me conhecem mais pelo apelido.espero que tenha sido claro.


10- Acho que era isso. Estamos ansiosos pelo show de vocês e quero agradecer
pela atenção e pelo apoio de sempre Cientista, você é uma pessoa inspiradora
para todos que mantém a chama do d.i.y acesa. Encerre como quiser e até
logo =) Te vejo no show!

CIENTISTA: Agradeço a todos que leram essa entrevista e a você por nossa amizade ao
longo do tempo. Espero rever vários amigos e nos divertimos muito nesse
show.
SHOW EM SP DIA 20- 15 HORAS, GRÁTIS
Fan Page Surface

domingo, 14 de dezembro de 2014

REDSTAR FEST 2014- HANGAR 110 : Devotos + Flicts + Excluídos + Deserdados + Kob 82

Histórico? Com toda certeza sim. O RedStar Fest, evento idealizado pelo ativo selo de punk/hc/metal RedStar reuniu na mais aconchegante casa de shows paulistana ( Hangar 110), 5 nomes de peso do punk, hardcore em suas mais diversas facetas e vertentes.

Gostei da pegada Punk do Kob82, banda que recentemente lançou o play "Propaganda Pelo Ato" e que fez um show bacana com uma sonoridade bem próxima de bandas que mesclam punk com hc. Rolou até um cover de "Que Vergonha" do Olho Seco, um dos clássicos do Punk Nacional e quiçá, mundial.
Kob 82 abrindo a noite
Um pequeno hiato e os acordes do rock voltam a dominar o recinto. Dos amplificadores sairam um apanhado de canções do famoso Rock de Combate! Me refiro ao trio DESERDADOS!Com 2 décadas de história, o grupo formado em 1995 no Jardim Iguatemi, extremo "lost" de São Paulo mostrou no palco do Hangar 110 que continua dando o sangue no Punk. Como bem disse o baterista Favela, desde o início do punk falam que o punk acabou... mas se depender do Deserdados, só pela amostra que vimos neste show, o punk apenas começou e se é que existe um fim, ele está há anos luz de distância. PUNKS NOT DEAD!
Como de costume, o show do Deserdados é um verdadeiro "baile". Todo mundo cantando junto, pogando, dançando e curtindo a vibração positiva do rolê.Apresentação memorável como aconteceu em todos os shows que conferi dos caras. "Mau Exemplo", "Em 77", "Rock de Combate" e "Yo Quiero Ser Libre" são hits que mostram a força que a banda tem. Rolaram sons do novo álbum "Mais Um Dia", mais um lançamento da Red Star Recordings. 
Deserdados e seu baile punk rock!
O que dizer sobre o quarteto Excluídos? Muitos anos que não os via , sem dúvida foi empolgante e contagiante o modo como tocaram e a receptividade do público que "jogou junto" com a banda. Sensacional, sem mais! O som do Excluídos sempre me remete a BuzzCocks e a melodia vocal do Ronaldo é incrível. Show foda! 
Excluídos, topetes e lagriminhas! =) 
Eu não tinha pressa, mas o Devotos sim. Ao menos na velocidade com a qual executam suas canções. Direto do Alto Zé do Pinho, os caras brindaram o público paulistano com seu hardcore/punk de raíz,com aquele toque diferenciado com o qual desenvolveram sua sonoridade própria.
 Cannibal declamava entre uma canção e outra, e ainda pediu em uma das canções para que se fizesse uma roda só de gurias. Máximo respeito ao Devotos que teve como pontos altos do show canções como " Eu Tenho Pressa" e o grande clássico da banda, que fechou a apresentação: "Punk Rock Hard Core é no Alto do Zé do Pinho". Sim, foi do caralh#%!!
Devotos: foi ducarai!
Pra encerrar, o Flicts confirmou o motivo pelo qual e tido por muitos como um dos principais nomes do Punk Rock nacional.
Melódico, agressivo, 77, e o que mais couber dentro do contexto punk rock, se aplica à sonoridade dos caras que colocaram o público para cantar numa só voz já no primeiro som, que é um tapa na cara dos fascistas. As vozes ecoaram nestas estrofes:
"Foda-se a bandeira do estado de São Paulo,
Foda-se a bandeira e o hino nacional,
Fascismo enrustido sob as cores do estandarte,
Velando o ódio ao livre amar e a diversidade!"
FLICTS: foda-se as bandeiras! 

Arrepiante! Pra ir embora com um sorriso no lábio e alegria no coração. Que venham mais e mais edições do RedStar Fest, sempre com bandas de atitude positiva. Até a próxima, hemanos e hermanas. 




domingo, 7 de dezembro de 2014

O Satânico DR Mao e Os Espiões Secretos + 365 - SESC POMPÉIA SP - 06 DEZ 2014

Uma das poucas bandas que eu acompanho desde a infância e que ainda não tive a honra de ver tocando ao vivo é o Garotos Podres. Além deles, outro grupo que me é caro ao coração e que também não pude ver tocando, é o Replicantes.
Porém, uma destas bandas eu finalmente pude conferir... Se não pelo nome, pela figura icônica do vocalista e professor Mao. Ontem a noite tive o prazer de conferir a ALMA do Garotos Podres. O grande Mao e seu novo projeto O Satânico DR Mao e Os Espiões Secretos se apresentou no SESC Pompéia, reduto clássico e histórico do Punk Nacional.
ALMA E ESSÊNCIA DO GAROTOS PODRES: O SATÂNICO DR MAO E OS ESPIÕES SECRETOS 
Canções novas com as clássicas do Garotos Podres fizeram o Sesc tremer. O primeiro som já mostrou a que veio: Garoto Podre! Arrepiou!!!
O legal foi ver a velha guarda e muitos senhores, mesclados a nova geração. Tinha até um menininho lá cantando várias músicas do Garotos Podres. Coisa linda!
Clássico atrás de clássico, menção aos assassinados da CSN ( Aos Fuzilados da C.S.N), Anarquia Oi!, O verme, Jonhy, Papai Noel Filho da Puta, entre tantas outras, fizeram com que eu ficasse sem palavras para descrever o que senti.

Rock de Subúrbio sempre será um hino:
"Quero ver em cada garagem ,da periferia, pulsar o ritmo da revolta,
queremos subverter a ordem burguesa, que existe na música e na ordem...
ô ô ô ô ROCK DE SUBÚRBIO! ".
365: LENDA DO ROCK NACIONAL
Na sequência, o emblemático grupo paulistano 365, com a volta de Carlos Finho no vocal. Ví só a primeira música, o que me deu uma certa frustração. Porém, carrego comigo a certeza de que terei outra oportunidade de conferir um show completo desta banda que de fato, mora no meu coração desde a tenra idade.
Com certeza, um dos melhores shows do ano! Confira a seguir, O Satânico DR Mao e Os Espiões Secretos, com a canção 'Nasci Pra Ser Selvagem' :

Vale dizer que nesse rolê finalmente comprei o mais recente CD da banda Deserdados e que um Sr asiático viu o CD na minha mão no ônibus, perguntou de quem era e me disse: O quê? Ainda existe punk na zl? uhaauhauuahuhaua
êêêra!
Até a próxima , cafeinados queridx! =D

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Menores Atos toca em São Paulo : La Busca Tour

Viciado em café como sou ( grande novidade, né?), foi por meio do líquido negro que tive meu primeiro contato com a banda carioca Menores Atos.
Menores Atos: Tour em SP no mês de dezembro

Tudo culpa da canção "Sobre Cafés e Você".
Oriundos de uma terra com bandas de responsa como o inesquecível Noção de Nada, Los Hermanos, Jason e Zander ( pra ficarmos nos anos 90/00, vai), o grupo cola em sampa numa tour com os paulistas/paulistanos do Versus Mare, uma nova empreitada rockeira com membros do Jack's Revenge e Shimbaus Trio ( Diadema roots, fi!).
Versus Mare: anotem este nome!

Quem deu a letra foi o Rômulo. Confira os detalhes nas palavras do próprio:

A banda carioca Menores Atos se junta a banda paulista Versus Mare para dar início a "La Busca Tour (Parte 1)", que passará por São Paulo, Campinas, Piracicaba e São Caetano do Sul.

A tour, organizada pela Baita Produção, faz parte da turnê de divulgação do disco "Animália" da Menores Atos e pré lançamento do EP "Enfrenta" da Versus Mare.

A segunda parte da tour tem previsão para o segundo semestre de 2015.

Confira as datas da "La Busca Tour (Parte 1)":

12/12 - Hotel Tee's (São Paulo/SP)
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13/12 - Quintal do Gordo (Campinas/SP)
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13/12 - Madhouse (Piracicaba)
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14/12 - Cidadão do Mundo (São Caetano do Sul/SP)
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Confira o som do Menores Atos:


E também o som viajante dos rapazes do Versus Mare, que em breve devem pintar numa entrevista aqui :


Colem nos shows e prestigiem o rolê! =)