quinta-feira, 20 de junho de 2013

Parada Poética 4ª Edição

Vi nas redes sociais, mais precisamente na imagem de perfil do mano Márcio Salata, que já foi entrevistado aqui mesmo no blog (veja neste link Marcio Salata) sobre o quarto evento denominado Parada Poética.


 Chamei ele na ideia e perguntei do que se trata: 
"Ow mano, eae? Entao, a parada poética foi uma ideia minha e do Renan ( do grupo de Rap Inquérito)de fazer um sarau nos moldes tipo Cooperifa. Mas o nome sarau aqui remete a algo bicho grilo então fazemos ele sem o nome sarau aqui nos bares de Nova Odessa ... está cada vez mais se difundindo.  O interior tem pouco disso e sempre chamamos alguém da poesia marginal". Poder de síntese absurda, né? 



No release do evento elaborado pela Jéssica Balbino, diz que  o evento rola  na próxima segunda-feira (24) a partir das 19h no Meu Bhar em Nova Odessa (SP).

Como sou fascinado pelas letras, escrevo e me identifico com estas propostas de eventos undergrounds fora do grande foco midiático e curto tanto o trampo do Márcio quanto do Renan ( que já apareceu aqui em matéria sobre literatura com seu livro Poucas Palavras http://coffeealot.blogspot.com.br/2012/04/livros-independentes-para-pessoas-nao.html), nada mais natural que divulgar aqui o trabalho que estes caras fazem, o qual damos o nosso apoio e que msabe um dia não seja possível colar lá e somar , seja com nossa própria arte, seja com nossa simples presença.

Confira os detalhes e acompanhe o evento pelos links : Fanpage PARADA POÉTICA  /Evento facebook EVENTO PARADA POÉTICA
Valeu! 
ps: fotos enviadas gentilmente pelo brother Marcio.

domingo, 9 de junho de 2013

Lançamento da Coletânea Meus Amigos Bebem Muito Café CIAM SP - 08/JUNHO/2013


Sábado de outono na zona leste de São Paulo, depois de alguns cafés e 2 ônibus, cheguei no CIAM para o evento de lançamento do volume 4 da coleta Meus Amigos Bebem Muito Café. Ansiedade foi muita.
Primeiro, porque foi o primeiro evento do zine, distro, blog, selo e futuramente editora M.A.B.M.C. Segundo pois além da expectativa de todas as bandas colarem, cumprirem o cronograma pra não atrasar o lado de ninguém e conseguir ajudar a galera que não conhecia o lugar, chegar de boa no pico. Segundo porque era o primeiro show da banda Kick To Hell, idealizada pelo meu amigo Douglas e a Carol, motivo de eu deixar de lado o comodismo musical e tentar aprender a tocar baixo.
Rogerio Art Till Death expondo seus trampos

E confesso pra quem acompanha meus projetos que valeu muito a pena. Seja pelo suporte da casa CIAM na figura do grande Dimas, que deixou todos a vontade e até curtiu os Raps “vida loca” que mandei na discotecagem, seja na figura do querido Marcello Kaskadura, brother de milianos e que eu tenho a certeza que será por todo o sempre, que além de ser meu parceiro de banda ( tocamos juntos no Cannibal Coffee) ,  fez todos os corres possíveis pro evento rolar, e acima de tudo seja pelas bandas todas que prestigiaram o rolê e tocaram com puta vontade e atitude, além do grande Rogério Art Till Death que gentilmente atravessou a cidade com seu gps e foi expor os belos trampos dele pra galera, tudo só veio reafirmar minhas convicções acerca do faça você mesmo.
Banquinha de materiais alternativos nunca pode faltar

O evento começou com Thaide e DJ Hum nas pick ups e depois veio o Punk clássico do 90 Em Chamas no palco que iniciou as apresentações da tarde com seu som cheio de energia e vibração. Foda ver o Jonas Tarota na ativa, desta vez, mandando ver nas baquetas. A banda toda é foda e eles estão fazendo um trabalho de muita responsa.
90 em chamas

Depois de mais sons inusitados foi a vez da Kick To Hell fazer seu debut. Fudido tocar com meus amigos, e seremos sempre gratos pela força do Diego (Atos de Vingança, Cannibal Coffee e outras zilhões de bandas que não irei lembrar) que emprestou o baixo e a guitarra, e ao Marcello que deu suporte na batera. Infelizmente roubaram os instrumentos da banda dias atrás e talvez nem tocaríamos. Valeu de coração por tudo.
Kick To Hell
 O show do Kick To Hell foi ainda mais rápido do que o costume, deve ter sido a adrenalina hahahahha. Tocamos os 5 sons da nossa demo, abrindo com Kamikaze Suicida, música que provavelmente seja regravada em uma nova versão de 15 segundos para um projeto desenvolvido pelo guitarra da banda, Douglas. Em breve falarei mais a respeito deste projeto que se trata de uma coletânea com sons de 15 segundos.
Vingança Cannibal To Hell

Claro que algumas vezes, algo atrasa e não sai como planejamos, isso é da vida. Como o pessoal de uma das bandas ainda não tinha chegado em sua totalidade, de última hora para preencher o vazio, rolou uma jam session entre membros do Cannibal Coffee, Atos de Vingança e Kick To Hell e foi formada a quadrilha (na verdade trio) Vingança Cannibal To Hell, com Kaskadura esmurrando a batera, Diego vomitando os vocais e tocando o terror na guita e Luis sangrando os dedos no baixo. Insano!

Na sequência rolou a discotecagem grunjona e hc na veia da Carol, mandou bem com Nirvana, Dead Kennedys no talo e muito mais.
Hollowood


 Serviu para aquecer a apresentação seguinte: Hollowood! Bem legal o som dos caras, já tinha uma galerinha lá pra ver os meninos que fizeram um som que me lembrou umas nuances emo old school quando era legal falar que algo era emo. Eu odeio rotular as coisas, então pense na palavra rock e tá tudo certo.
Shimbaus Trio

Chega a vez do Shimbaus Trio, de Diadema pro mundo,cara! O som deles é bem antenado, mas isso não quer dizer que eles se importem com tendências ou algo assim. Pelo menos eu senti que eles tocam com sinceridade e coração, e fazem um som de muita qualidade e sentimento. Rolou um cover de Noção de Nada no set dos caras!
Lord Groselhator

O clima começou a pesar (no bom sentido! ) quando o Lord Groselhator começou tocar o terror em forma de metal, black, grind ou sei lá o que hahahah . Porra, fantástico! achei sensacional este projeto que reúne um pessoal da velha guarda, como o Maxx Soto, com quem já tive o prazer de dividir o palco nos anos 90 quando ele tocava no Toy Confusion. Rápido, bruto e pesadão pra acordar até defunto. Puta show.
Doppelgangers

Doppelgangers é outra puta banda! Senti a pegada Cap N’ Jazz desde o início, e o público se divertiu pra caralho com eles. Um detalhe que eu achei interessante no decorrer do evento, mas que num primeiro momento confesso que não simpatizei, foi o fato da apresentação das bandas ocorrer exatamente dentro da sala do estúdio. Na verdade, não influi em nada, e eu particularmente achei ainda mais legal. A porta tava aberta, então era só entrar fi! E o pessoal curtir face a face com os Doppelgangers! Valeu Marcelo e a banda toda, super simpáticos e compreensivos com lance de horário e tudo mais. Final fugaziano foi épico!
We Are Piano

Chega o We Are Piano com seus milhares de pedais e acompanhados de 50 mil manos, fazendo a alegria de todos os presentes no CIAM. O barato foi louco e fiquei muito empolgado com a energia dos guris e a vibe da galera, showzão!
Blues DrivE Monster


Acompanhei apenas um trecho da banda seguinte,mas foi o bastante para sacar o motivo do sucesso do Blues Drive Monster, que fechou o bang com chave de ouro, com todo mundo dançando, pulando, sorrindo e mostrando que 2, 3, 4, 10 corpos ocupam o mesmo espaço sim, e mandando ver num rock visceral e de qualidade, como todas as bandas presentes.
Galera no rolê

Independente do estilo de som, quebrada que cada um vinha, foi tudo na paz, deu tudo certo. Tive um retorno muito positivo, das bandas, do pessoal que veio falar comigo sobre futuros projetos, enfim, vislumbrei sem grandes expectativas este evento antes de colocar em prática e tive um retorno sensacional. Éo melhor tipo de retorno que você pode ter quando faz algo puramente por ideologia e vontade de movimentar algo, misturar pessoas diferentes, entrar em contato com outras realidades. Este retorno é a sensação de que tudo deu certo. Espero não parar por aqui e fazer sempre melhor, pra que tudo sempre role na vibe da positividade e confraternização.

Obrigado bandas, CIAM, Marcello Kaskadura, bandas que não puderam tocar, pessoas que foram, pessoas que não foram mas ajudaram, Diego Atos (gratidão enorme mano), Jonas que fez o corre dos CDs, bandas, amigos das bandas, quem colou e não conheço, meus amigos e amigas que foram lá e andaram 40 minutos a pé, caraio, só quem é ein Iane?
Com carinho, valeu mesmo.
Luis Coffee